quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Oi?

Quando é que a gente sabe que a hora chegou?
Que a luz apagou, que a festa acabou?
E se nem dessa vez der jeito,
se escolher mal ou for perfeito,
como é que se recomeça o que ainda não foi feito?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

areia

Mas o tempo é uma coisa estranha mesmo. É só parar, esperar e num instante...puf, já não é mais nada daquilo.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Um aniversário


Um aniversário é para celebrar a data, dar risada e desembrulhar pacotes coloridos ou sacolas desajeitadas, mesmo que o tempo tenha passado.
Um aniversário talvez seja pra chorar escondido, porque a gente acaba deixando coisa para trás, e por mais estranahas que sejam, foram nossas.
Um aniversário é para jantar a 2, 3 ou 4, tomar espumante, comer aquele bolo doce de doer e porque talvez seja um novo começo, e esquecer que amanhã...já passou. É por isso, que celebrar um aniversário seja tão feliz e bobo, humano, desajeitado, mas absolutamente necessário!

domingo, 1 de agosto de 2010

"O problema é que a gente acha que a vida da gente é curta, que precisa achar só uma coisa pra fazer pelo resto dos dias...e nem é isso. As vezes a gente perde anos achando que não vai dar tempo pra mudar de idea ...e dá".
-De uma amiga

domingo, 25 de julho de 2010

Deserto


Em frente ao deserto, mirou-o com curiosidade e pânico.
Fechou os olhos...queria dar o primeiro passo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Direção

Eu antes que pensava em desistir, acho mesmo graça em parar no meio do caminho, esticar os braços e olhar para trás. Eu, logo eu, que nem uma bússola tinha.

domingo, 11 de julho de 2010

Sopros





Eu, às vezes quando escuto a tua risada, me transformo, me transporto com uma facilidade para um mundo paralelo, que depois preciso bater os pés no chão, para garantir que ainda estou aqui.

......

Não é segredo que sempre me apixonei pelo menos óbvio, como me apaixono pelo mar quando fico tempo demais em terra firme, ou mesmo por pensamentos que não tinha há muitos anos. Acho que isso já é tão parte de mim, quanto meu próprio signo, que aponta: leoninos são todos feitos de sol e vaidade! Me pareço com isso quando quero, em outros dias, sou menos universo... e mais gente.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Ao Minotauro

A bem da verdade, já me enchi de escrever poemas chamando teu nome, falando da tua risada, do teu jeito. Pelo simples fato de vc hoje ser uma figura mitológica. Como Hércules, como Minotauro. Ah sim, o Minotauro,que nada sabe a não ser entrar em labirintos e buscar faminto outro desavisado ser.
O que te falta?
Me diz, Minotauro.
Você que come cabeças e corações, devora os dias, me diz, como é possível viver pela metade, de dia tecer a colcha, à noite desmanchá-la.
E ter pesadelos que me avisam, passarinhos que entram pela janela
Como é possível fazer versos para o invisível?

Uma ode ao imaginário, ao inconsciente que se apaixonou incondicionalmente por tua risada e hoje vaga por esse labirinto, cego.
Um brinde às mariposas.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Simples

A conversa é bastante simples, você evapora e eu respiro.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Invernos

Eu ontem pensava sobre o não ser. Senti falta de saber a direção correta, se é que tenho um norte. Minha bússola dá voltas como se estivesse em pleno espaço. Me encontro parada entre um segundo e outro.Queria saber o suficiente, e deixar essa alma quieta. Hoje não me sinto grande, como em outros dias. De pés gelados circulo pela casa enquanto ainda faz silêncio, e sinto um pouco de vergonha. Tenho meu próprio inverno.

sábado, 29 de maio de 2010

Entendimento

As vezes penso sinceramente que me falta um certo entendimento do mundo. Aos 35 isso, é mesmo possível? No meu caso sim. Me chateio basicamente por coisas menores, dentro do que entendo, busco uma solução, mas quando essa impressão vem e me pega em pé ,sozinha , no meio da sala, me cega.
Fico impressionada ainda com o que penso sobre amizade e amor. Afinal nossas relações estão todas ligadas ou a uma ou à outra (tire a parte profissional, porque hoje, não falo disso) O que isso quer dizer, por que precisamos simplesmente deslisar em algumas situações, flutuar sobre elas, ao invés de tentar explicar? Ainda estou bastante presa ao solo, talvez não tenha percebido a resposta.
Quando essa impressão chega, geralmente preciso fazer uma limpeza dentro de mim. Jogar lembranças fora..e todo mundo sabe como isso é complicado. Então preciso recomeçar, e lembrar de como fazia as coisas sozinha.Como era não se preocupar com um amigo? Revejo, e sei como fazer, pois entendo o quanto é raro e caro isso pra mim.
O processo de entendimento recomeça, e as vezes acho que já vi isso, como uma novela que a gente já sabe o fim. Então me consolo dizendo"isso, isso também vai passar". E vai, é fato, mas só por ter começado já merece um pouco de silêncio.
Então vamos a uma pausa, a um breve tempo, um ou dois suspiros e um ponto. Fim.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Meus queridos

Talvez você não conheça a Ana, mas eu vou contar uma história pequena sobre ela. A Ana é uma mulher linda. Não dessas de revista, mas daquelas que oferecem balas de goma quando a gente visita ela no trabalho. Ela tem 3 filhas, bem parecidas com ela, e eu às vezes quando passeava com ela pelo centro me achava meio filha também.
A Ana é parecida com alguma figura mitológica, uma mistura da fada da Cinderela, com uma Sininho desbocada. Quando ela ri, tudo ri. Quando ela se entristece é porque uma pessoa qualquer deixou de acreditar nas coisas. Ela tem mania disso, de acreditar.
Ana tem o seu Eduardo, com quem ela divide os dias e noites. Eduardo também não parece ter vindo daqui. Sorri meio cansado quando precisa acompanhar as meninas a alguma loja e eu mesmo já vi ele dormir sentado, sem dar um pio. Fala tranquilo, conta piada boba e engraçada e está ali, com suas quatro mulheres, repleto de amor.
Um dia veio um silêncio, foi quando hoje pela manhã o coração dele parou, ele voltou pro lugar lindo de onde ele veio, mas a Ana ficou. Ela me disse: “A gente precisa aprender a celebrar a vida, a qualquer hora. A gente junto tomava água e brindava”.
E sorria, e amava...eu sei Ana.
Meus queridos Ana e Edu...ainda tenho tanto que aprender.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dia Bolinho de Arroz

Mesmo que até um babuino saiba fazer bolinho de arroz.....


Quando era mais nova, achava que o dia em que comesse bolinho de arroz por acaso do destino...meu dia iria ser imbatível. Olha o absurdo. Mas bem, naquela época era gostoso acreditar nisso. Pensava mesmo que comendo um bolinho de arroz o mundo mudaria. Eis que o tempo passou e eu continuei amando bolinhos de arroz. Não sei se eles me trazem sorte, mas como de pouquinho toda vez.

Aí vc pode perguntar...se vc adora bolinho de arroz e isso te faz feliz faz em casa...pois é, poderia fazer caso soubesse lidar bem com a combinação panela, massa e óleo quente. Já tentei e saiu péssimo. Duro, sem gosto, ou embanhado...sei lá. Meu destino então era comer fora. Sempre três...número cabalístico heim.

Bom, acontece que hoje decidi fazer meus próprios bolinhos de arroz. Sim arregacei as mangas, contei os ingredientes e falei pro meu pequeno:

- Procura uma receita boa de bolinho na internet.

E ele achou. Me descreveu cuidadosamente cada ingrediente...meio atravessado, claro:

-Mãe, aqui diz assim, 1 e meio 2 de amido de milho. Eu posso experimentar esse amido de milho?

-Acho melhor não, mas qual é a medida mesmo?.

Bom entre idas e vindas chegamos a um acordo. Eu leio e vc mexe no mouse...beleza. Mas a sala é longe da cozinha e pensei em trazer o lap pra mesa...hmm. Muito pequeno, mas essa minha memória? A pessoa não guarda a ordem de cinco ingredientes? Desaforo. "Mas essa mesa preciso trocar, é minúscula, parece uma carteira de escola. Isso vai acabar", pensei na hora.

Então vamos aos ingredientes.

-Espera que eu vou na vendinha buscar e volto.

Fui..solão na cabeça...voltei.

-Enzo, lê de novo a receita!!

-ovos

– sim trouxe

- arroz cozido

– sim, já tem.

- Fermento e farinha de trigo

- Má que raio de farinha que acabou aqui?

Volto eu pra venda, fui na outra, achei tudo voltei.

-Mãe, tô sentindo que agora não falta mais nada

E eu pensei: -um pouco de juízo e talento talvez.

Ele tava certo, lá estavam todos os ingredientes. Eu num acesso de Jamie Oliver, coloquei mais comida pra fazer nas outras bocas do fogão. Carne, aqui, macarrão...e na mesinha eu e os ingredientes. Abre a farinha:

-Enzo, repete na ordem...

- ovos, farinha...

Justo a farinha, na empolgação explodiu na mesa...muita e por todo lado inclusive em mim...minha nossa ainda bem que nem ele nem ninguém estava presenciando esse vexame. Dona Benta se torceu no túmulo.

Fiz tudo, misturei, com direito a trabalho no fogão com duas mãos e agilidade de fazer inveja...coisa fina. Óleo não muito quente, grande ensinamento heim, principalmente desde a última tentativa de fritar. Bom, vamos aos bolinhos fritos...um, dois, três, quatro...e vem o pequeno:

-Deixa eu experimentar?!” .

- (Ai que medo) Pega.

- Mas mãe tá uma delícia, com gosto de bolinho de arroz mesmo!!!!.

(((Ahahahahaaha))))

Paramos os dois e demos risada juntos tomando suco de limão.

Veio o almoço, uma porção de bolinhos no centro da mini-mesa. Quanto orgulho!

Veio o marido;

-tá com essa risada toda por conta dos bolinhos?

-Que boba, tá uma delícia e se for sempre assim vamos comer bolinho todo dia.

Ô coisa boa.

Áh sim, e se babuíno soubesse fazer nem ficaria tão feliz assim....

domingo, 14 de março de 2010

Sobre os monstros




Onde moram os monstros?! Me perguntei isso durante um bom tempo na minha vida e nesse final de semana que passou fui assistir.."Onde moram os monstros", sem interrogação, porque no filme todos sabiam onde eles moravam. E digo de boa...vá assistir. Parece coisa de criança, ficar imaginando como seria bacana, um mundo onde vc é majestade, e o que vc diz é ordem expressa. Um lugar onde as coisas poderiam acontecer somente com a sua vontade. Tire carros caros, apês super equipados, festas intermináveis, gente linda...tira tudo isso. Lembra quando vc achava que o teu mundo era outro só de entrar no teu quarto, e que coisas bem simples e bobas faziam toda diferença? Pois "Onde moram..." mostra exatamente isso. Algo perdido.
É assustador, encantador...
E claro, de certa forma provocativo. Em que momento a gente esquece de tudo isso? Onde moram os monstros por fim, é aquela tarde de sol num gramado enorme cheio de gente como vc, mas diferente de hoje. É aquela risada grande, aqueles olhos apertados, aquela vontade de abrir a boca, aquela sensação do abraço, do suspiro.
Se Carol me deixasse...iria até eles.

sábado, 6 de março de 2010

Nina Simone sabia das coisas

Já teve um sentimento que vc não sabe muito bem o nome ? Pois quando sinto isso, lamento um pouco. Parece que ainda não entendi uma parte do filme, ou perdi o refrão da mśuica, não sei e acho sinceramente que já deveria ter me acostumado a ele, ou pelo menos não me importado mais.
Daí assisti o final daquele filme "Seven Pounds" só pra ouvir Feeling Good da Nina Simone..." Stars when you shine you know how I feel...".
E lembrei de uma porção de outras coisas, de um plano que tenho este ano e do quanto já andei. Não é nada de extraordinaŕio, mas é unicamente, e como diz minha amiga...apenasmente pra me deixar mais tranquila, minimamente suave.


Birds flying high you know how I feel
Sun in the sky you know how I feel
Breeze driftin' on by you know how I feel

It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good

Fish in the sea you know how I feel
River running free you know how I feel
blossom in the trees you know how I feel

It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good

Dragonfly out in the sun you know what I mean, don't you know
Butterflies all havin' fun you know what I mean
Sleep in peace when day is done
And this old world is a new world
And a bold world
For me

Stars when you shine you know how I feel
Scent of the pine you know how I feel
Oh freedom is mine
And I know how I feel

It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

E hoje

Não me resumo, me consumo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Malas prontas


Sabe quando a gente muda de casa? Empacota tudo, copo por copo, guarda
as roupas numa mala grande como se fosse viajar demoradamente,
protege o que se gosta, livra-se do que a gente não quer mais.
Há todo o processo de encaixotar cada peça, cada lembrança, cada
quadro fora da parede e por fim um espaço vazio.
Aí está um momento a ser lembrado. O espaço vazio da sala, da cozinha
, dos armários. A vida foi com cada xícara para dentro de uma caixa. E
a gente fica com o corpo tranqüilo, com sensação de alívio, de dever
cumprido, passando as mãos pelas paredes querendo talvez arrancar uma
última memória em forma de lagartixa.
Não sei exatamente o que há comigo, mas hoje sinto que mudei de casa.
Mudei meus móveis, tirei meus pratos e talheres e estou pronta para
recomeçar.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Hmpf...

Entristeci mais um pouco hoje. Há dias que é mais fácil achar tudo um disparate e em outros, eu só dou risada. Hoje me flagrei com raiva, um pouco de desprezo. Não me sinto bem com isso. Eu sei que não há nada de nobre nisso, mas sinto e lamento. Lamento porque se ainda sinto isso, não cresci o suficiente, não entendi o suficiente. Lembra das aulas de química...que se decorava as fórmulas,mas entender mesmo..nada. Pois às vezes sinto essa mesma sensação.
Hoje tive raiva por um segundo, mas principalmente me senti fora, porque ouvi reclamções, de um mundo que já não é o meu. De amigos que já não são iguais... de gente que precisa de atenção, sempre e mais e tanto e ...nooooossssaaa, que chato.
Me perdoem hoje, só hoje, aqueles poucos que tanto amo...mas hoje...só amanhã