quarta-feira, 4 de novembro de 2009

As minhas impressões do mundo sem serotonina




Eu não fumo mais. Também não bebo muito, adorava ficar tonta no início do final de semana, beber com um ou dois amigos, nada grave. Mas não bebo, não fumo e hoje não tenho mais serotoninna. Meu corpo parece ter abdicado dessa tal substância que traz alegria e razão de viver. Hoje não bebo, não fumo, não tenho serotonina e também parei. Parei de andar mal acompanhada, de mascar chicletes (porque irrita o estômago e com ele irritado ninguém pode), e também continuo sem muito dinheiro. Brinco que vou acabar sobrevivendo de luz, mas no fundo é verdade. A vida sem vícios, sem manias não me parece boa coisa. Mas vamos lá, nunca fui tão alucinada, mas o que gostava mesmo era a possibilidade, a possibilidade de fazer, de poder ir além. Hoje não mais.
Hoje, não fumo, não bebo, não masco chicle, não ando com gente ruim e to quase tendo certeza que a vida de ermitã não me parece um absurdo. Não durmo demais nem de menos, levo uma vida regrada. Não compro demais, parei com isso também. Parei de achar algumas coisas, de olhar gente na rua, parei com as manias, os tiques, mas ainda pareço viva e inteira. Só não acho mais graça em algumas coisas. Muitas coisas.
Não converso como antes, acho que morri um pouco. Já era hora.

Um comentário:

Duda Rangel disse...

Oi, Daniela. Parabéns pelo texto. Estou de olho no blog. Aguardo futuras atualizações. Bjsss