sexta-feira, 29 de abril de 2011

Casamento Real


“Acordei mais cedo só pra ver o casamento do príncipe Wiliam e da Lady Kate”. OI? Mas já foi? Dormi. O comentário acima não foi meu, foi ouvido apenas. Confesso sem a menor vergonha na cara que ao invés de estar tinindo em frente à TV às sete da matina, dormi. E o pior...nem os melhores momentos no jornal do meio dia eu peguei.
Não é descaso com a história nem nada, mas essa coisa toda, pra mim, já deu. Já assisti quando a Lady Diana casou-se, acompanhei a história da plebéia que casou-se com o príncipe que...não era uma beleza e mais tarde provou que além de feio, nem gostava dela. Era bem criança, mas achava inacreditável aquilo tudo. Desde cedo, era como ver o homem pisando na lua (calma, nasci bem depois viu). Mas era legal, porque era histórico...sei lá como abrir uma enciclopédia Larousse (alguém lembra?) e ver a fotinho dos dois e da Rainha Elizabeth e por fim ver que isso de algum jeito nos conecta à história.
Hoje, depois de ter visto tanta sandice no mundo, me dei uma folga e fui viver minha vidinha. Ontem já achei uma bobagem a história das noivas estarem ansiosas por verem o vestido da tal princesa, pois fariam os seus iguais! Oi? Maturidade de um porquinho da índia. Case, mas não vire uma anta, faz o favor. Ou vai morar no palácio?
Tava falando que rolou uma matéria sobre o desejo feminino de se parecer com ela...como assim? Cê nasceu na Inglaterra e é bonita daquele jeito? É namorada do Eike Batista? Então só lamento e fica de boa. O povo comprando a réplica do anel de noivado por R$1,00! Caneca, camiseta, chaveiro, bóton, bonequinhos, pantufas..(lembrei da minha madrinha que tem um pratinho com a carinha do Carol Voitila na cozinha, mas o cara foi Papa, viu a diferença?)....e “os presentes serão todos doados a instituições de caridade”...Nossa, quanta bondade de um bando de gente que não faz lhufas, vive de renda e tem o mundo achando tudo isso lindo.
E o psiquiatra constrangido falando sobre o porque das pessoas sentirem tanta curiosidade em relação ao casamento real, tenta explicar: “é que as pessoas querem se identificar. Quem não gostaria de se casar com príncipe ou princesa? Ter o casamento ideal?” (Não parece discurso da mãe do Encantado, aquele principe besta do Shrek?). Quero ver quem casa com o irmão feio do Will, o Harry, aquele maluquete que vai fantasiado de Hitler nas festas à fantasia.
Não sou assim sempre. Mas é que dá nos nervos. Curto casamentos, mas o que me preocupa é que as pessoas não se questionam sobre as coisas, sobre as coisas reais, do cotidiano, e é por isso que súditos sempre vão existir. De qualquer forma já fiz minha parte, ou melhor minha ‘não parte’. Tô pensando em mandar um telegrama (usa ainda telegrama?): “Felicidades ao casal. Will e Kate lamento mas não rolou. A Isa estava na escola e o Chris trabalhando.”
Fui.